Reino Unido quer atrair startups brasileiras buscando internacionalização
Quando falamos em startups, logo vem à mente as empresas norte-americanas, mais especificamente as sediadas no Vale do Silício, na Califórnia. Entretanto, é possível que para os brasileiros a Europa possa ser o melhor caminho nos próximos anos.
O Reino Unido tem interesse em atrair empreendedores brasileiros que tenham interesse em internacionalizar os seus negócios. A afirmação é de Joanna Crellin, cônsul-geral britânica de São Paulo e diretora-geral do UK Trade & Investment no Brasil.
O órgão britânico promove nesta semana em São Paulo uma série de palestras e visitas a empresas com potencial de expansão internacional, conduzidas pelo especialista em tecnologia Chris Moore. A ideia é atrair brasileiros com vontade de estabelecer negócios no mercado europeu.
Polo de tecnologia
Londres é hoje o terceiro maior polo tecnológico do mundo, atrás apenas do Vale do Silício, na California, e da cidade de Nova York. Somente no primeiro semestre deste ano fundos de venture capital investiram mais de US$ 2,2 bilhões em startups com escritórios britânicos, de acordo com dados de uma pesquisa realizada pela CB Insight e pela KPMG.
Parte desses investimentos são direcionados para a região conhecida como Silicon Roundabout, que concentra empresas como Google, Cisco e o Facebook, além de abrigar centenas de startups, aceleradoras e espaços de coworking.
“A cidade de Londres tem um custo similar ao de São Paulo, mas é possível encontrar outras cidades, como Manchester e Bristol, que são mais baratas e oferecem uma forte infraestrutura de TI, uma rede de universidades próximas e mão de obra qualificada”, destacou Moore durante uma palestra realizada na cidade de São Paulo.
“Somente no primeiro semestre deste ano fundos de venture capital investiram mais de US$ 2,2 bilhões em startups com escritórios britânicos.”
Mais vantagens
Alguns itens podem ser decisivos na hora de uma empresa pensar na internacionalização do seu negócio. No caso do Reino Unido, a carga tributária é consideravelmente menor do que aqui – são 20% incidindo sobre o faturamento de pessoas jurídicas contra 35% no Brasil.
Além disso, empesas que investem em pesquisa e desenvolvimento recebem outros benefícios em forma de renúncia fiscal. Por fim, vale lembrar que a Europa é um mercado consumidor com maior potencial até mesmo do que o dos Estados Unidos, fator que pode ser decisivo na hora de um investimento.
As brasileiras UkkoBox, Bossa Studios e Pandorga são algumas das companhias que já partiram para o Velho Continente em busca de incentivos. “Podemos trabalhar juntos no setor de tecnologia. Temos uma força nesse setor, que, apesar da crise, também está crescendo no Brasil”, afirma a cônsul-geral.
Para mais informações sobre o trabalho do UK Trade & Investment, vale a pena visitar o site oficial do órgão. Ele conta com cinco escritórios no Brasil, localizados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte.
Fonte: TecMundo
Texto Original:
http://www.tecmundo.com.br/startups/86793-reino-unido-quer-atrair-startups-brasileiras-buscando-internacionalizacao.htm