Conexão: O pré-requisito para a inovação
Por: Sara Adams
CEOs não podem forçar a inovação. Mas, eles podem criar um ambiente que a favoreça
Reconhecendo que a inovação é a chave para a competitividade e o crescimento, os conselhos de administração estão cada vez mais cobrando de seus CEOs ações para inovar. Mas, inovação não acontece por acaso. Em primeiro lugar, os CEOs devem criar uma cultura de criatividade e colaboração.
Em um artigo na Forbes.com com o título “O que você não sabe sobre a construção de uma cultura de conexão” (What You Don’t Know About Building A Connection Culture is Hurting Your Business), o autor Mike Stallard explica como uma “cultura de conexão” pode “transformar até mesmo os escritórios mais disfuncionais ou organizações em locais de trabalho inovadores”.
A conexão entre cultura e inovação
Uma cultura de conexão é aquela em que os funcionários compartilham um vínculo baseado na “identidade, empatia e compreensão”. Como seres humanos, temos um desejo natural para nos conectarmos uns com os outros. Quando o fazemos, o resultado é benéfico para todos os envolvidos na conexão.
De acordo com Stallard, “quando a nossa necessidade de conexão for atendida, nós somos mais criativos, tomamos, as melhores decisões e nós somos mais determinados”. Em outras palavras, uma cultura de conexão é um pré-requisito para a inovação.
A conexão ocorre quando os funcionários podem falar uns com os outros, naturalmente, independentemente de onde eles estejam. Eles podem se comunicar de qualquer lugar e a experiência não fica muito diferente em relação à reunião presencial – quer se trate de uma reunião em grupo ou entre duas pessoas. Em outras palavras, comunicação natural dá lugar à ligação.
Stallard explica: “Quando as pessoas se sentem ligadas a um grupo, elas são mais propensas a darem o melhor de si, alinhar o seu comportamento com a organização às metas do líder e passam a se comunicar com mais objetividade, de modo que as decisões tomadas são sempre as melhores e a participação de todos ajuda a organização a inovar e desenvolver”.
Desafios da construção da cultura de conexão
Atualmente, observa-se que o ambiente corporativo ainda não está totalmente propício à conexão. Graças à proliferação de Internet de alta velocidade, os funcionários já não necessitam trabalhar a partir de um local central, físico. Aquisições, escritórios de vendas e política de trabalho em home office criam equipes que estão distribuídas em diversas localidades, fazendo proliferar a cultura da conexão.
Da mesma forma, muitas empresas reconhecem o valor da contratação de profissionais remotos. O “pool de talentos” cresce exponencialmente quando as empresas expandem sua busca por candidatos qualificados para além da área que está recrutando. No entanto, pode ser difícil para os funcionários remotos de se relacionar com outros, especialmente quando as comunicações estão limitadas às práticas formais de reuniões.
Enquanto isso, os gerentes e executivos estão muitas vezes fora do escritório, viajando para visitar clientes e parceiros e participando de eventos. Entre tudo isso, mais a carga de trabalho e a questão de manter um equilíbrio entre o trabalho e a vida cotidiana, a construção de uma cultura de conexão pode ser um desafio.
Algumas equipes só podem se encontrar presencialmente uma ou duas vezes por ano, e com grandes custos para uma empresa. Tecnologias como e-mail e mensagens instantâneas permitem que os funcionários se comuniquem em tempo real em uma base diária, mas são recursos que tiram o elemento pessoal necessário para construir uma cultura de conexão.
Ferramentas de colaboração superam desafios e constroem uma cultura de conexão
Quando usado estrategicamente, a solução tecnológica adequada pode ajudar os CEOs a criar uma cultura de conexão. Considerando que 55% do impacto da comunicação vêm de expressões faciais e linguagem corporal, uma solução corporativa de vídeo em alta definição é o que mais se assemelha às interações presenciais, permitindo que as pessoas se concentrem na conversa em vez da tecnologia.
A chave é fazer com que o vídeo seja percebido por todos como um item normal no ambiente de trabalho. Isto significa integrar a ferramenta em fluxos de trabalho existentes. Por exemplo, incorporar a tecnologia de vídeo nas ferramentas de agendamento de reuniões e de mensagens instantâneas. Se os funcionários já estão adaptados, com soluções como o Microsoft Skype for Business, incorporando a capacidade de atualização à conversa para uma discussão de vídeo face a face, isto ajudará a desafiar a distância para que os funcionários possam interagir de modo mais realista, próximo ao presencial.
Além disso, a incorporação de vídeo nos fluxos de trabalho existentes é muito fácil. Investir em tecnologia com uma experiência de usuário é muito intuitiva e simples. Conduzir uma entrevista por vídeo, por exemplo, pode ajudar a contratação de profissionais, avaliar habilidades e a conectividade de um candidato. A percepção sobre o candidato torna-se mais apurada porque, visualmente, se observa sinais do/a candidato/a quanto à sua concentração na conversa ou se estava distraído, entre outras avaliações da expressão e linguagem corporal.
Finalmente, as empresas podem ajudar os funcionários a desenvolver habilidades de conexão por meio de treinamento. Desenvolver a formação baseada em funções para que os funcionários possam aprender habilidades de conexão que se apliquem ao seu trabalho. Mais um exemplo neste sentido são os gestores que devem aprender a transmitir orientações e comentários construtivos por comunicação escrita e verbal. Todos devem aprender a comunicar de forma eficaz, através das ferramentas de colaboração específicas para que as pessoas se sintam confortáveis usando essas soluções em uma variedade de cenários. Lembre-se: a comunicação deve ser natural para uma cultura de conexão prosperar.
Os CEOs não podem forçar a inovação. Mas, eles podem criar um ambiente que a favoreça. Esse ambiente é uma cultura de conexão que alimenta a colaboração por meio do vídeo, e pode ser criada em qualquer organização.
Fonte: ComputerWorld
Texto original:
http://computerworld.com.br/conexao-o-pre-requisito-para-inovacao