A febre do Big Data acabou. É hora do trabalho de verdade começar!
O que eu estou vendo é isso. Big data não é mais uma tecnologia emergente, já passou o ponto de ser hype, uma febre.
Por: Ash Parikh
Todo ano eu fico ansioso pela conferência Strata + Hadoop World. Como um fã de tecnologia, procuro constantemente os sinais que marcam que todo um setor está chegando perto do seu ponto de virada. Quando o assunto é Big Data, acredito que estamos em um desses momentos críticos da história. Como eu cheguei a essa conclusão? Não é nada extremamente científico, mas há algum método nessa loucura toda.
A cada nova onda de tecnologia há sempre uma grande dose de curiosidade, seguida por uma avalanche de gente se tornando fã e correndo atrás para aprender mais e mais. Depois disso, há o momento das primeiras iniciativas reais na tecnologia, passo que é seguido, quase que imediatamente, por um grande período de desilusão. Aí, nesse exato momento, há um período de exame de consciência para entender exatamente o que deu errado. Finalmente, quando a poeira baixa é que começa a acontecer a adoção generalizada de uma tecnologia. Do meu ponto de vista, acho que Big Data chegou no momento de “exame de consciência.”
Como eu posso estar tão certo disso? Como avisei linhas atrás, não há um método científico por trás dessa conclusão. Mas eu interpreto como sinal, ver no último dia do Strata + Hadoop World que ainda tenho uma caixa cheia de elefantes de pelúcia para ser aberta. Estou no estande, esperando para entregar os elefantinhos aos visitantes. Em vez disso, acabo sendo constantemente puxado para “papos sérios” com os clientes – arquitetos e executivos sêniores de TI.
Já foi dito que o primeiro sinal de uma quebra generalizada no mercado é quando os jornaleiros nas esquinas ao redor de Wall Street começam a dar conselhos de investimento, com toda confiança do mundo. De um jeito parecido, e confesso que ajuda ter uma boa cobertura na imprensa sobre isso, acredito que há alguma verdade no fato que os clientes estão começando a fazer perguntas sérias sobre Big Data. Isso, meus amigos, para mim representa que o setor está no seu ponto de virada.
Quando falei em “papos sérios,” quis dizer profunda meditação, exame de consciência mesmo, que envolvem especificamente perguntas como:
- Como vamos além da experimentação?
- Como vamos ser capazes de encontrar as habilidades necessárias?
- Como é possível demonstrar o valor de negócios?
- Por que é tão complicado conseguir os insights que nos foram prometidos?
- E por que é tão difícil ter informação de boa qualidade sendo retirada dos repositórios de dados?
Enquanto eu começava a embarcar no avião de volta para casa, estava empolgado para escrever um post sobre as minhas descobertas na conferência e compartilhar a minha experiência ao vivo e a cores com você.
Mas por que você deve aceitar a minha palavra sobre isso? Então, pesquisei um pouco mais – na verdade, vamos pesquisar juntos, agora. Abra o seu navegador favorito e procure “big data hype,” e, na janela ao lado, pesquise “principais desafios de big data 2015”
O que eu estou vendo é isso. Big data não é mais uma tecnologia emergente, já passou o ponto de ser hype, uma febre. Também estou vendo diversos textos destacando a escassez de profissionais de big data. Mas o mais interessante, para mim, é que os resultados indicam que sem o rigor do gerenciamento de dados, todas as promessas de Big Data vão seguir sem ser cumpridas. A menos que algo seja feito sobre isso.
Quem desenvolve soluções para grandes volumes de dados sabe faz tempo: não importa que os dados sejam de big data, os princípios fundamentais do gerenciamento de dados seguem muito relevantes. Por isso fica a dica: se sua empresa realmente quer tirar valor do big data é necessário encontrar um fornecedor que seja capaz de construir uma plataforma de gerenciamento de big data do zero. O objetivo é atender especialmente os sérios desafios de integração de “big” data e governança de “big” data, além de, é claro, qualidade e segurança do “big” data.
Fonte: ComputerWorld
Texto original:
http://computerworld.com.br/febre-do-big-data-acabou-e-hora-do-trabalho-de-verdade-comecar