Necessidade empresarial de avançar rápido pode afetar diretamente os níveis de proteção das redes.

Por: Cleber Marques

A velocidade com que uma companhia cresce é valorizada tanto pelos colaboradores como pelos acionistas, mas a pressão por resultados igualmente rápidos pode gerar atitudes precipitadas que podem não só gerar custos extras como comprometer os níveis de segurança das redes.

A inovação tecnológica pode ter transformado o mundo em um curto período de tempo, e quem não se adequar vai ficar para trás. Contudo, quando a velocidade acaba por se sobrepor à segurança das informações, os resultados tendem a ser devastadores e capazes de expor as informações cruciais de operações, contratos e negócios para as pessoas erradas. E no caso de empresas que precisam responder aos seus acionistas, o caso ganha peso mediante uma eventual intervenção de órgãos reguladores.

O tema tem sido alvo de discussões nos Estados Unidos, por exemplo, com executivos evidenciando a preocupação com que antigas plataformas tecnológicas podem ser usadas por pessoas mal intencionadas para obter vantagens – em artigo publicado no site da revista Fortune, o editor Tom Krazit diz que os bugs e falhas de códigos são “além do imaginado” e são um dos custos do ciclo de desenvolvimento dentro das empresas de tecnologia norte-americanas.

Em meio a tais problemas, existem pessoas que são passíveis de erro. E os relacionamentos entre os gestores de segurança da informação tendem a ser mais tensos durante a adoção de novas plataformas.

Além disso, pesquisa elaborada pela consultoria PwC com mais de 10 mil executivos mostra que, em 2016, a média dos incidentes de segurança registrados no Brasil disparou 274%, bem acima da média global (38%).

“Os métodos de prevenção e detecção mostraram-se muito ineficazes contra investidas cada vez mais sofisticadas. Muitas organizações não sabem o que fazer, ou não têm os recursos necessários para combater criminosos cibernéticos altamente qualificados e agressivos”, diz a consultoria.

A mudança de porte de quaisquer companhias exige um investimento considerável em plataformas de segurança, de forma a não perder os dados existentes e garantir a privacidade das informações. Como os hackers e criminosos digitais aprofundam seus conhecimentos em velocidade igual ou superior aos das corporações, todo cuidado mostra-se necessário.

Uma forma de garantir a segurança é viabilizar a comunicação de dados e acesso entre a matriz da companhia e suas respectivas unidades, dentro de um ambiente protegido.

Fonte: CIO

Texto original:
http://cio.com.br/opiniao/2016/09/27/a-pressao-pelo-crescimento-e-os-eventuais-buracos-na-seguranca-digital/