O futuro na Era da Internet das Coisas
Não é novidade que a era digital está revolucionando a sociedade, promovendo mudanças radicais nos modelos de negócios e influenciando a forma como as pessoas consomem informações e produtos. A chamada Internet das Coisas (IoT), promete conectar tudo que está ao nosso redor. Segundo estudo realizado em conjunto pela McKinsey, consultoria empresarial norte-americana, o escritório jurídico Pereira Neto Advogados e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD), as mudanças ocasionadas pela IoT poderão gerar para o país até USS 200 bilhões por ano, a partir de 2025.
Além disso, o Business Insider, portal de notícias norte-americano, prevê que aproximadamente 34 bilhões de dispositivos estarão conectados até 2020. Desses, ao mínimo 24 bilhões estarão relacionados à IoT. Isso possibilita o desenvolvimento de novos negócios, mas o que podemos esperar dessa revolução?
Seis especialistas já começaram a fazer suas apostas. Confira:
Segurança digital
A medida que a tecnologia evolui, aumentam os casos de invasão digital. Inclusive já há relatos de ataques a babás eletrônicas, que não contam com um sistema de proteção adequado. “A segurança cibernética tem muito para progredir. Imagine geladeiras, ar-condicionado e até marcapassos conectados à internet? Será preciso que esses devices estejam devidamente protegidos contra ataques”, explica Tom Canabarro, co-fundador da Konduto, empresa que oferece uma solução antifraude inovadora para lojas virtuais; Saiba mais: Entenda com a SONDA os desafios da segurança na Internet das Coisas Patrocinado
Streaming publicitário
Constantemente, as empresas buscam reduzir os custos com as operações e no mercado publicitário não é diferente. Ainda presas a antigos padrões, os maiores desafios para as agências são reduzir o tempo para tomadas de decisões, agilidade no retorno às solicitações dos clientes, facilidade para acessar novas mídias e fornecedores, redução de despesas com idas e vindas de documentos, assim como de materiais publicitários para revisões e aprovações. “Ter uma plataforma online como ferramenta de armazenamento, otimização de fluxo de trabalho e interação entre agência, anunciante e fornecedor é o que garantirá maior competitividade às empresas”, diz Celso Vergeiro, CEO da AdStream, maior plataforma de armazenamento e distribuição de campanhas publicitárias do mundo;
Cenários preditivos
Sensores e devices plugados na rede controlam e monitoram, cada vez mais, tudo ao redor. Agora imagine somar esses dados aos que já estão nas redes online e offline? “Cenários preditivos irão imperar. Poderemos prever com maior precisão o futuro próximo e evitar problemas e riscos antes mesmo deles ocorrerem. A Inteligência Artificial e Cognitiva evoluirá muito rápido, potencializando esse cenário”, prevê Eduardo Tardelli, CEO da upLexis, empresa de busca e estruturação de informações extraídas de grandes volumes de dados (Big Data) da internet e outras bases de conhecimento;
Inteligência Artificial no varejo físico
Enquanto a Inteligência Artificial (IA) é utilizada com frequência nas plataformas de e-commerce, onde as interações com o cliente são facilmente rastreadas, o varejo físico inova pouco na transformação da experiência de compra em algo mais personalizado, relevante e gratificante. “Nos próximos anos veremos a aplicação dos robots e ferramentas de IA crescerem rapidamente. São milhares de produtos e milhões de clientes em visitas frequentes a diferentes lojas. Somente o aprendizado de máquina é capaz de descobrir os padrões de comportamento do consumidor e sugerir objetivamente ofertas e estratégias promocionais multicanal que aumentarão vendas e rentabilidade. Alguns varejistas já investem muito nesses sistemas, certos de que produtividade promocional com inteligência analítica será seu diferencial competitivo”, analisa Israel Nacaxe, COO da Propz, referência em soluções de inteligência artificial e big data para o varejo físico;
Cidades Inteligentes
Imagine uma cidade que pode mudar dinamicamente os tempos dos semáforos dependendo de fatores como acidentes ou chuva. Imagine uma cidade capaz de alterar os limites de velocidade dependendo da situação do trânsito. Esse é o conceito das “cidades inteligentes”, ou seja, desenvolver cidades mais eficientes por meio de sensores e análises de dados mais avançadas, geralmente baseadas em inteligência artificial. “O tempo que será salvo e a eficiência que será ganha pelo cidadão se tornarão um diferencial competitivo, fazendo com que as cidades atraiam investimentos, empregos e até turismo”, avalia Rodrigo Mourad, sócio fundador da Cobli, startup especializada em rastreamento, telemetria e gestão de frotas;
Plataformas wearables
Com plataformas e aparelhos cada vez mais conectados, a tendência é que eles se tornem unificados e “vestíveis”. “Vivemos na era da realidade virtual, aumentada e inteligência artificial. E para o futuro podemos esperar devices wearables, como lentes de contato capazes de gravar as imagens que estão sendo visualizadas – e porque não utilizar para comprar produtos? Não passamos um dia sem adquirir um produto ou planejar uma compra para o dia seguinte, então com a realidade aumentada em lentes de contato o conteúdo integrado não seria mais um vídeo, show, comercial ou seriado, e sim imagens da vida da pessoa em tempo real”, idealiza Anselmo Martini, vice-presidente de marketing global do Cinemall, tecnologia que permite a integração de produtos, marcas e serviços diretamente no conteúdo nas mais variadas plataformas.
Fonte: CIO
Texto Original:
http://cio.com.br/tecnologia/2017/10/17/o-futuro-na-era-da-internet-das-coisas/