Alta gestão precisa participar mais da estratégia geral de segurança

Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro

Alta gestão precisa participar mais da estratégia geral de segurança

Embora a quantidade de incidentes provocadas por hackers tenha caído, os incidentes atribuídos a insiders, incluindo não só os próprios funcionários como também terceiros – fornecedores, consultores e empreiteiros – aumentaram em 2017 e devem seguir em alta no próximo ano.

Em todo o mundo, as empresas estão correndo para implementar novas tecnologias, usando dados para inovar e crescer em um mundo cada vez mais interconectado. Mas, à medida que as empresas se tornam mais dependentes de capacidades cibernéticas, devem reconhecer e gerenciar os riscos a elas associados. Para competir no mundo digital emergente, precisam se tornar mais resilientes aos ciberataques realizados cada vez mais em  grande escala, com conseqüências disruptivas em cascata. Para compreender a razão pela qual as empresas continuam vulneráveis ​ – e como os líderes podem ajudar suas organizações a desenvolverem resistência para sustentar as operações e aumentar o desempenho econômico diante dos novos desafios gerados pela crescente digitalização dos negócios – a Pricewaterhousecoopers (PwC) e as publicações CSO e CIO, do grupo IDG, conduziram a versão 2018 do estudo Global State of Information Security Survey (GSISS). E os resultados são preocupantes.

Embora a quantidade de incidentes provocadas por hackers tenha caído, os incidentes atribuídos a insiders, incluindo não só os próprios funcionários como também terceiros – fornecedores, consultores e empreiteiros – aumentaram em 2017 e devem seguir em alta no próximo ano. As perdas financeiras por incidente também seguem ladeira acima. Apesar disso, apenas 44% dos entrevistados da GSISS dizem que seus conselhos corporativos participam ativamente da estratégia geral de segurança da organização.

A distância da alta gestão pode vir a se tornar um grande problema com a Internet das Coisas (IOT) tornando-se onipresente e os consumidores exigindo produtos com ênfase na cibersegurança e privacidade. As organizações precisam investir na renovação de suas políticas de segurança, mas esse investimento não será eficaz se não contar com o apoio do andar de cima.

As principais áreas de investimento da IoT incluem políticas e tecnologias para proteger a privacidade dos consumidores, bem como políticas de governança de dados. Os entrevistados da GSISS reconhecem que um ciberataque bem-sucedido em sistemas automatizados ou robotizados poderia ter grandes consequências, incluindo a interrupção das operações, o comprometimento de dados sensíveis e danos à qualidade do produto.

Alcançar uma maior capacidade de resiliência cibernética dentro das organizações exigirá um esforço mais concertado para descobrir e gerir novos riscos inerentes às tecnologias emergentes. As organizações devem ter a liderança e os processos adequados para gerar as medidas de segurança exigidas pelos avanços digitais. Muitas empresas estão apenas começando esta jornada: relativamente poucos entrevistados (34%) dizem que suas organizações planejam avaliar riscos de segurança de Internet de coisas (IoT) em todo o ecossistema de negócios. O levantamento ouviu 9,5 mil executivos de 122 países e mais de 75 indústrias.

Líderes seniores que dirigem o negócio devem se apropriar da construção de uma resiliência cibernética. Estabelecer uma estratégia de cima para baixo para gerenciar riscos de cibersegurança e privacidade em toda a empresa é essencial. A resiliência deve ser integrada nas operações comerciais.

A estratégia de gerenciamento de risco de uma empresa deve ser formada por uma sólida compreensão das ameaças cibernéticas que a organização enfrenta e uma consciência sobre quais recursos principais exigem maior proteção. E a liderança deve impulsionar o desenvolvimento de uma cultura de gerenciamento de risco cibernético em todos os níveis da organização.

Fonte: CIO

Texto original:
http://cio.com.br/gestao/2017/12/05/alta-gestao-precisa-participar-mais-da-estrategia-geral-de-seguranca/