Coprocessadores podem atender demanda por velocidade em supercomputadores
Tecnologia trabalha em conjunção com CPUs para conduzir cálculos complexos de uma forma mais eficiente
A medida que o mundo compete para construir os supercomputadores mais rápidos do mundo, mais atenção está sendo dada a tecnologias de processadores alternativos como uma forma de adicionar mais poder a tais sistemas.
E uma coisa está clara: está se tornando proibitivo construir supercomputadores apenas baseados em CPU, devido a restrições de energia e espaço. E é aí onde poderosos coprocessadores entram – os processadores trabalham em conjunção com CPUs para conduzir cálculos complexos de uma forma mais eficiente.
Coprocessadores são um tópico importante durante a conferência “Supercomputing 15” que acontece essa semana em Austin, Texas. De acordo com a nova lista Top500 que compila os supercomputadores mais rápidos do mundo divulgada nesta segunda-feira (16), 104 sistemas atuais usam coprocessadores. Na lista de julho deste ano, 90 deles se beneficiavam de coprocessadores.
O supercomputador mais rápido da lista, o Tianhe-2 da China, usa o coprocessador Xeon Phi da Intel, que combina CPUs x86 convencionais com processadores vetores. Dos 104 coprocessadores, 70 contam com os processadores gráficos da Nvidia, que também beneficiam simulações gráficas.
O número de supercomputadores com coprocessadores deve crescer a medida que mais aplicações são escritas para levar vantagem da tecnologia, disse Nathan Brookwood, principal analista na Insight 64.
Segundo ele, coprocessadores são mais rápidos que CPUs. A execução simultânea de tarefas neles têm ajudado sistemas a alcançarem alvos de performance desejáveis e tal tendência deve continuar a avançar.
O objetivo imediato é superar a barreira de 100 petaflops em performance, que companhias e países esperam atingir até 2018. Para colocar as coisas em perspectiva, o Departamento de Energia dos Estados Unidos planeja inaugurar um supercomputador de 180-petaflop, batizado de Aurora, até 2019. O Tianhe-2, da China, hoje oferece um pico de performance de 54.9 petaflops com a ajuda de um coprocessador, e 33.6 petaflops sem a ajuda de um deles.
Computadores mais rápidos dão a nações o direito de ostentar progressos em tecnologia. Tais sistemas são vitais para a economia de países, segurança e programas científicos. Supercomputadores são usados para desenvolver avançadas armas, simular modelos econômicos e prever o tempo, por exemplo.
Mas acelerar a performance computacional enquanto reduz o consumo de energia tem se tornado um desaifio. Pesquisas em tecnologias alternativas para o setor estão em andamento para avançar a supercomputação no futuro. Na semana passada o Los Alamos National Laboratory adquiriu um computador quântico da D-Wave Systems para pesquisar o futuro da computação.
Além de CPUs e coprocessadores, outras tecnologias em supercomputação estão sendo discutidas na conferência, entre elas supercomputadores que poderiam obter tecnologia fotônica, nos quais luz poderia ser usada para acelerar dados entre CPUs, memória e armazenamento.
Fonte: IDGNow!
Texto original:
http://idgnow.com.br/ti-corporativa/2015/11/16/coprocessadores-podem-atender-demanda-por-velocidade-em-supercomputadores/