Currículo: 7 erros bobos que acabam com a chance de um candidato

Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro

Currículo: 7 erros bobos que acabam com a chance de um candidato

curriculo

Tamanho, formatação, inconsistências e erros de ortografia estão entre os principais carrascos e podem tirá-lo da disputa por um novo emprego

Por Sharon Florentine

Nunca é demais ressaltar: primeiras impressões são fundamentais para o avanço de um currículo em processo seletivo. Seja por um sistema de rastreamento de candidatos (ATS) ou um recrutador de carne e osso, tirar vantagem dos primeiros segundos de atenção é chave para ter seu currículo lido.

Certifique-se que ele será notado pelos motivos certos ao evitar os seguintes erros comuns.

1. Tamanho

Um bom referencial é incluir de 7 a 10 anos de experiência por página de currículo, indica Frank Dadah, diretor responsável por contabilidade e contratação de pessoas na WinterWyman. “Se você tem de 15 a 20 anos de experiência, então é perfeitamente aceitável um currículo de duas páginas. Se possui mais do que isso, é provável que suas experiências mais antigas sejam irrelevantes e passíveis de exclusão”.

Outra dica é ater-se a, no máximo, cinco conquistas ou realizações por atividade.

2. Formatação

Formatar o currículo é uma das maiores dificuldades dos candidatos. Aqui, o truque é mantê-lo simples, limpo, conciso e evitar invenções e extravagâncias. “Tente se manter próximo dos padrões e use um modelo com o mínimo de espaço branco, que ajudará na abordagem do tamanho. Coloque seu nome, informações para contato e o link do seu perfil no LinkedIn no topo e então foque no conteúdo. Se for importante – isto é, renomada –, coloque sua formação e experiência técnica também no topo. Caso não tenha tanto orgulho das instituições de ensino que frequentou, relegue para o final”, avisa Dadah.

Consistência também é importante. Use o mesmo formato para todas as datas, títulos e pontos destacados. Não se esqueça de checar duas vezes as coisas tidas como mais simples, como a maneira de estruturar seus pontos fortes.

De acordo com o especialista, até pequenos erros de formatação como tempos verbais diferentes e presença – ou ausência – de padronização importam.

3. Erros de ortografia

Confiar em softwares de correção ortográfica pode custar caro. Caso não confie na própria gramática, peça ajuda a um amigo ou familiar mais versado. Também é possível apelar para o trabalho de um redator profissional de currículos ou um coach de carreira.

“Ler o currículo de trás para frente, prestando atenção a cada palavra, também pode servir. Isso te permite perceber o que de fato escreveu ao invés do que o seu cérebro acredita ter escrito”, aconselha Dadah.

4. Inconsistências

Alguns candidatos acreditam que pequenos deslizes passam despercebidos – como um currículo que declara ter começado uma atividade em julho, sendo que o perfil da pessoa no LinkedIn acusa que isso ocorreu em agosto –, mas essas pequenas inconsistências disparam os alarmes nos recrutadores, mesmo quando cometidos acidentalmente.

“Confira suas datas. Você quer ter certeza que todas elas batem tanto no LinkedIn quanto no currículo, porque os recrutadores podem e irão checar”, alerta o diretor.

Outra área que merece atenção é o seu cargo. Não tente aumentar a posição que ocupou ou inventar outra qualquer, já que esse tipo de incongruência é facilmente identificável.

5. Informações pessoais

Você pode e deve incluir seu endereço de e-mail, perfil no LinkedIn e informações de contato no seu currículo. Tão importante quanto saber o que incluir é saber o que deixar de fora.

“Em hipótese alguma inclua fotos de si mesmo no currículo, ou o número de seus documentos. Nem sequer coloque sua data de nascimento. Além de estar sujeito a ter sua identidade roubada por criminosos, você não quer dar a alguém a oportunidade de discriminá-lo baseado em preconceitos subconscientes”, adverte Dadah.

Foque em suas habilidades, experiências e conhecimento ao invés de idade ou aparência. Se você acredita que sua inclusão em uma minoria pode representar uma vantagem na corrida por emprego, então pode usar essa informação a seu favor tomando o devido cuidado para não se destacar unicamente por nela.

6. Mentir

Não adianta tentar justificar: não existem motivos para mentir em um currículo. Embora distorcer a verdade possa passá-lo da fase inicial de um processo seletivo, sua descoberta significa desclassificação imediata.

“Talvez você consiga safar-se na primeira avaliação, mas lembre-se: nós verificaremos todas as informações”, garante Dadah, assinalando que mentiras descaradas são raras: a maioria das pessoas exageram fatos ou enfeitam demais. Não que faça diferença para os gerentes de recrutamento. “Não existe meio termo – ou você diz a verdade, ou mente. É preto no branco”, sentencia.

7. Toque final

O currículo é a primeira impressão que os recrutadores terão de você e é importante transformá-lo no recurso mais forte possível. “Demonstre o mesmo esforço e cuidado ao montar o currículo que você demonstraria ao realizar o trabalho”, aconselha Frank Dadah, “Se você não estiver disposto a fazer isso, transmitirá a mensagem de que não está disposto a dar o seu máximo no trabalho”.

Fonte: Computerword

Texto original:
http://computerworld.com.br/curriculo-7-erros-bobos-que-acabam-com-chance-de-um-candidato