Mais dados levam a mais problemas? Nem sempre

Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro

Mais dados levam a mais problemas? Nem sempre

Principalmente se esses dados a mais ajudarem a colocar as análises em contexto

Por: Chris Paap

Quando a questão é o monitoramento de sua infraestrutura de TI, especialmente em ambientes virtuais, o senso comum determina que quanto mais dados você reúne, melhor. Na verdade, é difícil encontrar um engenheiro de sistemas que seja contra a ideia de ter mais monitoramento em um ambiente. Talvez você se enquadre nessa categoria.

Seguindo essa lógica, quando mais monitoramento, mais bem preparados devemos estar para lidar com problemas de desempenho e falhas em geral. Assim, apesar de todo o monitoramento que já temos, por que ainda é tão difícil identificar com rapidez não apenas onde os problemas residem em nossas infraestruturas, mas também qual é exatamente a natureza desses problemas?

A resposta é que as necessidades de monitoramento de hoje estão evoluindo além do monitoramento passivo. Um monitoramento que simplesmente coleta dados e fornece contadores não é mais suficiente. Como acontece com qualquer esforço moderno de coleta de dados, a tarefa mais importante é determinar quais dados são realmente importantes e, em seguida, agir em função dos dados mais relevantes.

Portanto, contar com a capacidade de receber importantes informações sobre o contexto, juntamente com contadores e alertas, ajuda a acelerar o processo de identificação de causas raiz. Afinal de contas, não faz sentido receber um alerta ou uma advertência se você não sabe o que ela significa. Igualmente importante é a necessidade de identificar e correlacionar o modo como problemas de desempenho afetam o restante dos ambientes. Em essência, qualquer monitoramento estabelecido deve não apenas proporcionar o “quê”, mas também o caminho da correção e as etapas para evitar futuras ocorrências do mesmo problema.

Essa migração de uma abordagem reativa à TI para uma preventiva/proativa exige um monitoramento que propicie ações inteligentes. Essas ações devem ser prescritivas para corrigir problemas atuais (também conhecidas como correção tática) ou recomendações a posteriori. Tais recomendações ajudam a eliminar o combate a incêndios que consome muito do dia do administrador, desperdiçando horas valiosas que poderiam ser gastas com projetos maiores. Essas recomendações também devem ser de natureza preditiva, permitindo a identificação de padrões de utilização de cargas de trabalho e a diferenciação entre anomalias e cargas de trabalho verdadeiras. Isso permitirá a otimização da infraestrutura com máxima eficiência operacional, ao mesmo tempo que ajuda a prevenir a ocorrência de problemas potenciais de desempenho.

Um monitoramento que forneça capacidades de correlação de contexto, relacionamento e desempenho, solução de problemas e recomendações proativas resulta em uma ferramenta operacional híbrida muito mais sofisticada do que os softwares de monitoramento do passado. No entanto, esse nível adicional de sofisticação também pode introduzir complexidades que precisam ser balanceadas com a funcionalidade. Não há muito valor em um monitoramento que tenha a capacidade de solucionar todos os problemas, mas que seja complexo a ponto de inviabilizar o uso.

Para concluir, qualquer monitoramento operacional que você implemente deve fornecer a correlação entre contexto e desempenho, juntamente com os resultados do monitoramento básico, a fim de identificar os fatores que podem contribuir para a correção do problema. Esses são os novos requisitos básicos.

Fonte: CIO

Texto original:
http://cio.com.br/tecnologia/2017/03/16/mais-dados-levam-a-mais-problemas-nem-sempre/