Mercado de soluções open source no Brasil deve dobrar até 2017
A Red Hat, uma das maiores fornecedoras de software open source do mundo, realizou o Red Hat Forum São Paulo com o tema Energize Your Enterprise, que reuniu, no final da última semana, os principais líderes de TI do Brasil em sessões ao vivo para discutir as últimas tendências em open source.
Por: Redação.
Segundo o presidente da Red Hat no Brasil, Gilson Magalhães, que abriu o Fórum, o uso de soluções open source no País deve, no mínimo, dobrar nos próximos anos. “As inovações migraram de origem e agora são derivadas de novos esforços. São mais de 1 milhão de projetos espalhados em comunidades de open source pelo globo”, explicou. “É inimaginável pensar em tendências como Internet das Coisas, em que empresas precisam conectar mais de 20 milhões de dispositivos, sem o open source”.
Jim Totton, vice-presidente mundial de Infraestrutura da Red Hat, disse que a TI tradicional de soluções fechadas não é capaz de atender às demandas crescentes do mundo digital. “A experiência na nuvem, por exemplo, depende diretamente dos data centers. O open source nos dá novas abordagens para desenvolver soluções mais rápidas para o negócio”, explicou.
Boris Kuszka, Solution Architect Senior Manager da Red Hat, explicou que tendências como Internet das Coisas e o conflito entre TI empresarial e TI pessoal têm criado um grande gap tecnológico nas empresas. “A TI vive o dilema de seguir funcionando normalmente e diminuir esse gap”, disse. “Quase 80% do budget de TI são voltados apenas para manter os sistemas rodando, enquanto 20% são gastos em inovação”. A ideia de adotar soluções de open source é uma das maneiras de preencher essa lacuna.
Atualmente, 50% das empresas do mundo já praticam TI bimodal. A informação é de Henrique Cecci, diretor de pesquisa do Gartner. De acordo com Cecci, 75% das empresas praticarão esse tipo de TI até 2017. Segundo o diretor de pesquisa do Gartner, essa abordagem não é mais algo opcional, mas essencial para o mundo atual.
O modelo de TI bimodal consiste na adoção de dois modos de TI empresarial, um voltado para o uso tradicional do dia a dia, enquanto o outro é focado na transformação do negócio por meio da inovação. “No Brasil, é comum ver empresas cortarem os custos em inovação para investir nas camadas mais básicas e tradicionais na esperança de ‘sobreviver’. Mas não dá para viver de sobrevivência”. Cecci destacou que tanto a TI tradicional quanto a TI não-linear devem trabalhar juntas. O diretor de pesquisa afirmou que cada vez mais empresas estão vendo a necessidade de investir em inovação.
Fonte: iMasters
Texto original:
http://imasters.com.br/noticia/mercado-de-solucoes-open-source-no-brasil-deve-dobrar-ate-2017