Sete desafios da Internet das Coisas para as equipes de TI
Muitos deles endereçam o fato de que será preciso gerenciar todo o ambiente como uma entidade homogênea, monitorando e controlando localidades individuais.
Mais dados serão geradas por máquinas, ou coisas, do que pelos seres humanos, já este ano. Por isso, 2016 poderá ser, de fato, o ano em que o foco de ambos, compradores e fornecedores de TI, irão se deslocar para a Internet das Coisas, um termo cunhado por Kevin Ashton, co-fundador do Centro de Auto-ID do MIT, quando ele e sua equipe criaram o sistema padrão de RFID e outros sensores.
Além de uma grande variedade de dispositivos multimídia (computadores, smartphones e ferramentas de comunicação), essas “coisas” conectadas incluem termostatos, sistemas de iluminação, fechaduras, equipamentos de escritório, eletrodomésticos, vários monitores de saúde, censores médicos e de fitness, equipamentos agrícolas, máquinas de todos os tipos, e assim por diante. Com base na definição da Cisco, “tudo” significa “qualquer coisa com um interruptor on/off.”
A relação dos CIOs com a IoT será pressionada pelos efeitos do mundo conectado nos resultados do negócio. Os CIOs serão um catalisador crucial para as suas organizações capturarem oportunidades emergentes e aproveitarem o poder das soluções do mundo conectado. Aplicações e serviços baseados em localização e contexto mudarão a forma como as empresas se envolverão e servirão seus clientes. Os CIOs devem se equilibrar na linha entre o que é possível do ponto de vista da tecnologia e que é significativo para o negócio.
A implantação de sensores de baixo custo habilitados para IP em objetos do dia a dia abre grandes oportunidades, muito além de apenas a otimização da cadeia de suprimentos. Há ganhos para muitas indústrias – transporte, saúde, produtos farmacêuticos, fabricação, gestão de energia, gestão de instalações, segurança e vigilância, serviços públicos, telecomunicações, finanças, seguros e muito mais. Basicamente, todos os setores farão parte do mundo conectado.
A Internet das Coisas conecta ativos remotos e fornece um fluxo de dados entre eles e sistemas de gerenciamento centralizados. Estes ativos podem, então, integrar-se a processos organizacionais novos e existentes para prover informações sobre status, localização, funcionalidade, entre outros.. Em outras palavras, tantas coisas conectadas aumentarão a quantidade de dadaos gerados, que precisarão ser processados e analisados em tempo real. Este processamento, por sua vez, aumentará na proporção das cargas de trabalho dos data centers, fazendo com que fornecedores tenham novos desafios de analíticos, segurança e capacidade. Os gerentes de data center precisarão implantar mais gerenciamento de capacidade preditivo nestas áreas para conseguirem atender proativamente às prioridades de negócios associadas à Internet das Coisas.
A nova arquitetura apresentará desafios significativos às equipes de operações, pois eles precisarão gerenciar todo o ambiente como uma entidade homogênea, monitorando e controlando localidades individuais. Além disso, fazer backup desse volume de dados terá questões de governança potencialmente não solucionáveis, tais como, largura de banda de rede e de armazenamento remoto e a capacidade de fazer backup de todos os dados brutos que, provavelmente, será inviável.
Os sete desafios da I0T
- Segurança – A crescente digitalização e automação dos milhares de dispositivos implantados em diferentes áreas dos ambientes urbanos modernos darão origem a novos desafios de segurança para muitos setores.
- Empresa – Os significativos desafios de segurança continuarão pelo fato de que o Big Data – criado a partir da implantação de inumeráveis dispositivos – aumentará, drasticamente, a complexidade de segurança. Isto, por sua vez, impactará nas exigências de disponibilidade, que também devem crescer, colocando processos de negócios em tempo real e, potencialmente, segurança pessoal em risco.
- Privacidade do consumidor – Como já acontece com os equipamentos de medição inteligente e automóveis cada vez mais digitais, haverá um vasto volume de dados fornecendo informações sobre o uso pessoal dos dispositivos que, se não forem seguros, podem abrir caminho para violações de privacidade. Isto é um desafio, pois a informação gerada pela Internet das Coisas é essencial para trazer melhores serviços e o gerenciamento destes aparelhos.
- Dados – O impacto da Internet das Coisas no armazenamento tem duas vertentes em relação aos tipos de dados a serem armazenados: pessoais (de consumidores) e Big Data (de empresas). Dados serão gerados, na medida em que os consumidores usam Apps e os dispositivos continuam a aprender sobre eles.
- Gestão de armazenamento – O impacto na infraestrutura de armazenamento é outro fator que contribui para a demanda crescente por mais capacidade e um dos que deverá ser resolvido, pois estes dados se tornam mais presentes. O foco atual precisa ser na capacidade de armazenamento, bem como, em saber se o negócio é capaz de coletar e usar dados da Internet das Coisas de uma maneira efetiva em termos de custos.
- Tecnologias de servidores – O impacto da Internet das Coisas no mercado de servidores será amplamente focado no investimento crescente em segmentos chave e organizações relacionadas a eles, nos quais a Internet das Coisas possa ser rentável ou gere valor significativo.
- Rede de Data Center – Os links WAN nos data centerd são dimensionados para as necessidades de largura de banda moderada, geradas por interações humanas com aplicações. A Internet das Coisas deve mudar esses padrões ao transferir grandes volumes de dados de sensores de mensagens pequenas ao data center para processamento, aumentando as necessidades por largura de banda de entrada no data center.
Fonte: CIO
Texto original:
http://cio.com.br/tecnologia/2016/05/18/sete-desafios-da-internet-das-coisas-para-as-equipes-de-ti/