Utilities e agronegócio são os setores mais avançados na adoção de IoT no Brasil, indica estudo

Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro

Utilities e agronegócio são os setores mais avançados na adoção de IoT no Brasil, indica estudo

Uma das principais barreiras para adoção da Internet das Coisas, apontadas pelas empresas,é a dificuldade de se chegar a uma justificativa financeira (ROI).

Pelo segundo ano consecutivo, a Logicalis, empresa global de serviços e soluções de tecnologia da informação e comunicação, analisou o mercado brasileiro para ter uma radiografia sobre a maturidade do país em relação à adoção de soluções de Internet das Coisas (IoT).

Para 37% dos entrevistados, IoT já é importante ou muito importante para os negócios — aumento significativo frente aos 27% da primeira edição do estudo. Além disso, para 71% dos participantes do levantamento, IoT terá importância alta ou muito alta dentro dos próximos três a cinco anos, frente a 62% no ano anterior.

Atualmente, 18% dos entrevistados já adotam e 19% estão em processo de adoção de soluções de IoT. Para 2018, 28% disseram já ter planos concretos de adoção de IoT.

Benefícios

Os principais benefícios esperados a partir da adoção de tecnologias de Internet das Coisas são aumento de inteligência e suporte à tomada de decisão, seguido por novas fontes de receita e por melhoria na experiência do consumidor. No ano passado, as empresas buscavam produtividade, eficiência operacional e redução de custos.

A maturidade do mercado fica evidente também quando se pergunta sobre a complexidade das soluções. Em 2016, os participantes relacionavam a projetos de IoT apenas a sensores, rede e analytics. Neste ano, já se nota a inclusão de uma plataforma de IoT, uma camada de inteligência artificial ou machine learning e o aumento da importância da segurança.

Segmentação

O setor de utilities e o agronegócio despontam como os mais avançados na adoção de IoT — 45% e 30% dos entrevistados, respectivamente, já possuem projetos. No segmento de agronegócio, 56% das iniciativas se dá por decisão estratégica em vez da comprovação de retorno do investimento (ROI), sendo a única vertical que pende para a inovação.

Já o segmento de manufatura, apesar do alto potencial de resultados, é o mais conservador em relação à IoT: apenas 12% já adotam a tecnologia. Isso se deve à falta de garantia de retorno antes de investir: apenas 31% da indústria adota IoT se não tiver garantia de retorno. Esse, inclusive, é um dos principais desafios para adoção da tecnologia em todos os segmentos.

Investimentos

Os investimentos cresceram consideravelmente neste ano, acompanhando o amadurecimento das empresas em relação ao tema, aponta a Logicalis. Apenas 25% dos entrevistados não possui orçamento dedicado a IoT, contra 47% na edição passada. Entre os que já têm, a maioria (35%) afirma ser um investimento inicial e 33% garante que o valor dedicado a esse tipo de projeto é maior do que no ano passado

Para a pesquisa, foram realizadas 176 entrevistas, sendo 160 quantitativas e 16 entrevistas qualitativas. Das empresas participantes, 37% fatura acima de R$ 500 milhões.

O estudo conclui que o potencial de mercado das soluções de internet das coisas no Brasil está claro. Conforme cresce o entendimento sobre o conceito, aumenta também a importância dada ao tema pelas empresas. Hoje, IoT é assunto estratégico para grande parte das organizações e os benefícios esperados estão cada vez mais ligados à tomada de decisões e à transformação dos modelos de negócios, diz a Logicalis.

Fonte: ComputerWorld

Texto Original:
http://computerworld.com.br/utilities-e-agronegocio-sao-os-setores-mais-avancados-na-adocao-de-iot-no-brasil-indica-estudo